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As opiniões aqui emitidas não refletem o pensamento da Editora.

Refletindo

Por Gisele Silva




Inicio esse texto com um questionamento que por vezes costumo me fazer: que olhar e escuta diferenciados nós professores, ainda precisamos desenvolver?


Não nos basta apenas procurar respostas para esse questionamento, mecanicamente, mas sim procurarmos entender que o principal é o resgate a ser feito da autoestima do profissional da educação.


O que nos deve impulsionar nesta busca é o desenvolvimento de uma escuta sensível, de todas as vozes que nos circundam: dos educadores em processo de formação constante e dos educandos com os quais lidamos. De todas as pessoas, enfim.


E valorizar cada vez mais as relações estabelecidas entre as histórias de vida, desenvolvimento pessoal e profissional, saberes e a real caracterização do nosso trabalho.


Nos diz Myrthes Wenzel que: “nenhum de nós está inaugurado, nós estamos em processos. São histórias que se misturam e que ultrapassam o tempo. E que bom que estamos constantemente nos inaugurando....


É importante que nós professoras e professores, estejamos em comunhão com nossos valores mais íntimos para que esta valorização se inicie, em primeiro lugar, em nós.


E esses valores não são apenas conhecimentos cognitivos, eles transcendem a cognição.


O ser humano é um ser de relações: ele existe como pessoa, torna-se pessoa, à medida que se relaciona consigo mesmo, com os outros, com a natureza e com a dimensão transcendente da vida.


As práticas e vivências cotidianas são desafios que tornam nossas relações verdadeiramente humanas, nos planos interpessoal e social, desse modo passamos a valorizar a própria vida.


Não se pode dissociar o ser humano do ser-professor. O professor necessita então de todo suporte de suas memórias, de sua visão do real e principalmente de sua crença no futuro, que pode vir a ser diferente a partir da investigação de sua prática.


E tenho buscado com minhas memórias, compartilhar através dos meus textos, demonstrar um pouco dessa minha caminhada. Do meu pensamento de sempre pautar minha prática na valorização dos seres.


E como o nosso querido Mestre Paulo Freire “Me movo como educadora, porque, primeiro me movo como gente.”





 

Autoria



Gisele Silva é Pedagoga que atua com professoras e alunos de uma Escola Especial para Autistas em São João de Meriti. Professora dos anos iniciais na cidade do Rio de Janeiro. Pós Graduada em Alfabetização das Crianças das Classes Populares pela UFF. Faz parte do Coletivo “Encantadores de Letras”. Autora do Projeto “Caixa de Encantamentos” que incentiva a leitura, estimulando a percepção, a imaginação e o fazer criativo. Iniciou o caminho como escritora em 2019 publicando 3 livros de literatura infantil e participando com dois textos na coletânea "Vozes Negras: tecendo a resistência".

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