Por Ana Paula Monteiro
Observando as crianças, que são verdadeiras e autênticas, demonstram seus sentimentos sem cerimônias, e florescem onde estiverem. Repetem o que nós, adultos, fazemos sempre com elas. Seja para o bem, seja para o mal. E depois do que a criança demonstra ter aprendido, se for algo que desejamos e apreciamos, achamos lindo, mas se for algo que precisamos melhorar ou errado, a repetição não fica tão boa assim.
Os olhares se entrecruzam, entre adultos ou até mesmo com a própria criança. O adulto muitas das vezes sai enfurecido por não ter visto aquilo que gostaria, e um adulto com raiva só quer despejar seu “mau momento” em alguém. Espero que não seja na criança.
A criança compreende muito bem o que está a sua volta, e repete. Somos espelhos para nossas crianças. Que nascem frágeis, sem entendimento do mundo, desejosos de que alguém sacie suas necessidades e desejos.
Guiar esse caminho pelo mundo é um grande desafio às famílias que possuem a incumbência de educar. Não é algo apenas de responsabilidade da figura feminina, mas que ainda recai muito sobre nossos ombros, quando esse caminhar “não dá certo” para a sociedade. Isso sem falar nos perigos que as crianças e jovens podem encontrar não só na esquina, mas em sua própria casa, e em diversos espaços de pertença que frequentam.
Educar com amorosidade, respeito, carinho e alteridade a criança é um direito que todos que nascem, possuem. Infelizmente, não são todos que conseguem desfrutar deste direito. As crianças estão no mundo nos ensinando a sermos adultos melhores com suas brincadeiras e sutilezas do dia a dia.
Precisamos ter olhos bem abertos para compreendermos as dicas preciosas dos pequenos, mas principalmente um coração repleto de coragem em fazer das impossibilidades, o possível, na construção de um mundo melhor para todos que estão aqui e os que estão a caminho.
Criança é desejosa de criar, pular, brincar, ser feliz. O que estamos fazendo com nossas crianças? E o que estamos fazendo conosco? Você verá na criança que convive com você, que está ao seu lado, aprendendo de forma observadora (mesmo que você não veja o que está acontecendo ao redor do seu mundo), um pouco de você, um pouco de mim, formando sua subjetividade, que se fazem nas interações uns com os outros com o mundo.
A atividade essencial da criança é o brincar, é o faz de conta, é relatar através das brincadeiras o que incomoda, o que deixa feliz, o que mais gosta, enfim, o que há de melhor nesta vida.
Uma dica... Brinque com uma criança, se permita reviver a infância, traga suas memórias do brincar e sejamos felizes. Sorria. Isso também é Flor & Ser.
Autoria
Ana Paula Monteiro é Mestra em Educação, Professora, Especialista em educação infantil e educação especial. Escritora. O trabalho com a formação de professores e a educação infantil são estudos que motivam a continuar na área da educação. Mãe do Luiz, apaixonada pela arte de emocionar ao contar e escrever histórias.
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