Por Gisele Silva
Quem me conhece sabe que amo borboletas. A maioria das pessoas gosta de borboletas pela mensagem que elas trazem: mudança, renovação, transformação, efemeridade.
Eu, no entanto, sempre as amei pela beleza, pelas múltiplas cores, por serem absolutamente diferentes umas das outras. Podem ser azuis, amarelas, multicoloridas, mas são em sua essência diferentes, leves, livres.
Tive a oportunidade de visitar um “borboletário” certa vez. Antes de entrar no local onde elas ficavam, assisti um vídeo explicativo. Uma espécie de palestra, para que pudéssemos apreciar da melhor forma o “habitat”, as diferentes espécies, o tempo que ficam em seus casulos, o tempo de vida, entre outras várias explicações.
O que me encantou ainda mais, pelo respeito que os profissionais envolvidos nesse trabalho demonstravam, com uma forma de vida que tem tão pouco tempo de existência entre nós.
Lágrimas rolaram pela minha face ao adentrar o espaço amplo, com árvores, plantas, flores, lagos, um pedaço da natureza, onde as borboletas voavam livres expressando toda a sua beleza.
Meus leitores já sabem que aprecio a etimologia das palavras, mas dessa vez, pesquisei e descobri no site Amazônia Real, o seguinte texto:
“Entra ano e sai ano e sempre nesta época de quebra das águas, como se diz para o início da vazante dos rios na Amazônia ou início do chamado verão amazônico no mês de julho, nos deparamos com inúmeras e coloridas panapanás. Panapaná é um termo de origem tupi que se refere a um bando de borboletas.”
Tempo de panapaná. Respeito à vida, a natureza, à sabedoria de nossos povos originários. A tudo que for belo, transformador, renovando nossa esperança em dias melhores.
Autoria
Gisele Silva é Pedagoga que atua com professoras e alunos de uma Escola Especial para Autistas em São João de Meriti. Professora dos anos iniciais na cidade do Rio de Janeiro. Pós Graduada em Alfabetização das Crianças das Classes Populares pela UFF. Faz parte do Coletivo “Encantadores de Letras”. Autora do Projeto “Caixa de Encantamentos” que incentiva a leitura, estimulando a percepção, a imaginação e o fazer criativo. Iniciou o caminho como escritora em 2019 publicando 3 livros de literatura infantil e participando com dois textos na coletânea "Vozes Negras: tecendo a resistência".
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Instagram: @giselesilvapegagoga
Facebook: Gisele Silva Pedagoga
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